O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL) interpuseram recursos contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que absolveu o senador Sergio Moro (União Brasil) das acusações de abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral de 2022. Os recursos foram protocolados na noite de segunda-feira (22), pouco antes do fim do prazo legal, e agora serão encaminhados para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os partidos alegam que houve falhas na análise das provas que justificariam a cassação do mandato do ex-juiz. O PT, em um documento de 218 páginas, assinado pelos advogados Luiz Eduardo Peccinin e Ângelo Ferraro, critica especificamente a atuação do relator do caso no TRE, Luciano Falavinha Carrasco, por supostos equívocos na condução das evidências.
No PL, a decisão de seguir adiante com o recurso, liderada pelo presidente Valdemar Costa Neto, aconteceu apesar de algumas resistências internas, incluindo a do ex-presidente Jair Bolsonaro. Esta ação reflete as divisões internas no partido sobre a estratégia política a seguir.
A sessão de julgamento que culminou com a absolvição de Moro pelo TRE-PR foi concluída no início de abril, com um placar de 5 a 2 descartando a principal acusação de abuso de poder econômico. Adicionalmente, todas as acusações relacionadas ao uso indevido dos meios de comunicação social e supostas operações de caixa dois e triangulação de recursos foram igualmente rejeitadas pelos juízes.
Sergio Moro, reagindo à decisão inicial do TRE-PR, elogiou o julgamento como "técnico e impecável", argumentando que ele serve como um exemplo da independência judicial frente às pressões políticas. Ele também atacou as alegações contra ele como infundadas e juridicamente insustentáveis.
