sexta, 20 setembro 2024

Política

01/04/2024 05:00

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TRE-PR inicia hoje o julgamento que pode resultar na cassação do mandato de Sérgio Moro

O tribunal analisa acusações de irregularidades eleitorais que podem impactar o futuro político do ex-juiz.

Atualizado: 01/04/2024 12:58

Redação

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) deu início hoje ao julgamento das ações que podem levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União). Este ex-juiz, conhecido por seu papel na Operação Lava Jato, está sob escrutínio por supostas irregularidades durante sua campanha eleitoral em 2022.

O julgamento, que ocorre em meio a uma atmosfera tensa e de grande interesse público, envolve acusações que vão desde abuso de poder econômico até o mau uso dos meios de comunicação durante o período eleitoral. Se considerado culpado, Moro poderá ser declarado inelegível por até oito anos, impactando significativamente sua carreira política e os rumos do cenário político nacional.

O tribunal é composto por sete membros, cada um dos quais apresentará seu voto e justificará sua decisão. Em caso de empate, o presidente do TRE-PR, Sigurd Roberto Bengtsson, terá o voto decisivo. O julgamento está programado para ocorrer em três sessões, com datas marcadas para hoje, quarta-feira e a próxima segunda-feira.

As ações que tramitam contra Moro foram movidas pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança, que reúne o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Verde (PV) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ambas alegam irregularidades que teriam ocorrido durante a campanha eleitoral de 2022, na qual Moro foi eleito senador pelo estado do Paraná com uma expressiva votação.

Uma das principais acusações é o suposto desequilíbrio causado pelos altos investimentos financeiros feitos por Moro durante sua pré-campanha, quando ainda estava filiado ao Podemos como pré-candidato à Presidência da República. Os autores das ações argumentam que esses investimentos teriam conferido uma vantagem ilegítima ao político em relação aos demais concorrentes ao Senado no Paraná.

A Procuradoria Regional Eleitoral no Paraná emitiu um parecer favorável à cassação do mandato de Moro, sustentando que ele e seu suplente, Luís Felipe Cunha, estiveram diretamente envolvidos em atividades de pré-campanha que violaram as regras eleitorais.

 

 

 

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