A Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul) divulgou em seu Boletim Semanal da Casa Rural um alerta sobre o aumento da infestação de capim-massambará, também conhecido como vassourinha, na safra de milho do estado.
De acordo com o levantamento, a colheita da segunda safra de milho avançou para 16,2% até a última sexta-feira (28). No entanto, esse percentual é inferior aos 26,2% registrados na safra passada e aos 32,5% da média das últimas cinco temporadas. A colheita está em ritmo lento no estado, com previsão de que o pico ocorra a partir do dia 04 de agosto, quando grande parte da produção estará em estágio avançado de maturação.
Das áreas que ainda restam em campo, 91,6% foram avaliadas como em boas condições, 7,1% como regulares e 1,3% como ruins, com indicadores similares das últimas duas semanas. No último final de semana (entre 28 e 30/07), foram registradas altas temperaturas e baixos índices de umidade relativa do ar, com a temperatura máxima de 34,3°C em Coxim e a menor umidade relativa do ar, de 20%, nos municípios de Coxim e Sonora.
A Famasul estima uma área total plantada de 2,325 milhões de hectares, 5,39% a mais do que em 2022, e uma produtividade média estimada de 80,33 sacas por hectare, totalizando uma produção projetada de 11,206 milhões de toneladas. Entretanto, essa projeção representa uma redução de 12,28% em relação ao ciclo passado.
O alerta se volta para o aumento da infestação de Sorghum halepense, conhecido como capim-massambará ou vassourinha, que vem causando problemas na entrega de cargas. A presença de sementes de espécies daninhas pode prejudicar a comercialização dos grãos, especialmente em contratos de exportação, gerando preocupação para os produtores.
Enquanto isso, no mercado, a Famasul destaca que o preço da saca de milho sofreu uma desvalorização de 0,62% no Mato Grosso do Sul entre os dias 24 e 31 de julho, sendo negociado ao valor médio de R$ 39,88. No entanto, até o momento, apenas 33% da safra estimada foi comercializada, o que reforça a importância dos produtores estarem atentos ao cenário de preços e buscarem boas oportunidades de comercialização para minimizar os impactos do aumento da infestação de capim-massambará.