Mato Grosso do Sul, após uma safra recorde em 2023, enfrenta a perspectiva de uma redução de 6% na produção de grãos em 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fatores climáticos desempenham um papel crucial nessa projeção, indicando uma queda de 28,4 milhões para 26,7 milhões de toneladas em comparação com o ciclo anterior.
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE revela uma tendência nacional de declínio na produção de grãos, prevendo uma redução de 2,8%, totalizando 306,5 milhões de toneladas em 2024. Essa queda, de 8,9 milhões de toneladas em relação ao ano anterior, reflete principalmente na produção de soja, milho e outras culturas.
No cenário sul-mato-grossense, a produção de soja, um dos principais produtos agrícolas do estado, deve registrar uma redução de 4,3%, atingindo 13.589.240 toneladas em 2024. O milho, outra cultura expressiva, projeta uma safra estimada em 12,5 milhões de toneladas, representando uma diminuição de 5,8%.
Contudo, o algodão surge como exceção, apresentando um aumento significativo de 14,4%, totalizando 21 mil toneladas adicionais. Mato Grosso do Sul, apesar dessa leve redução na produção prevista, mantém sua relevância no agronegócio brasileiro, respondendo por 9% da produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas.
A Região Centro-Oeste destaca-se como a líder nacional na produção de grãos, sendo responsável por mais da metade (51,1%) do total produzido no Brasil. Mato Grosso, Paraná e Goiás lideram o ranking estadual, enquanto Mato Grosso do Sul ocupa uma posição significativa como a quarta maior potência agrícola do país.
Essas projeções reforçam a importância do setor agrícola sul-mato-grossense, não apenas para a economia local, mas também para a contribuição vital para a oferta nacional de grãos.