O transporte rodoviário tem se mostrado a principal via para o escoamento de produtos agropecuários em Mato Grosso do Sul e em todo o país, conforme revela a maior plataforma de transporte rodoviário de cargas no Brasil, a Fretebras. Em 2022, 55% de todos os fretes registrados no estado foram destinados ao transporte de produtos do setor agropecuário. Essa tendência é abordada no Boletim Famasul Log, publicado na ultima quarta-feira (02).
Apesar das vantagens do modal rodoviário, como flexibilidade, agilidade e ampla disponibilidade, o transporte de cargas por caminhões enfrenta desafios e custos significativos. O volume limitado de carga dos caminhões e os gastos com combustíveis, manutenção e pedágios acabam encarecendo essa modalidade de logística.
Neste contexto, o aumento nos preços da gasolina, resultado do fim da política de desoneração do PIS/Cofins e Cide pelo governo federal, tem impactado negativamente os custos operacionais das empresas que dependem do transporte rodoviário. Em contrapartida, o diesel tem registrado queda de preços, pois continua isento desses encargos até o final de 2023.
Ainda no cenário dos combustíveis, o etanol, como produto renovável e sustentável proveniente da cana-de-açúcar, também continua isento de impostos federais, o que representa uma vantagem para o setor.
Uma notícia positiva para o setor é o aumento da mistura de biodiesel no diesel, que passou de 10% para 12% na composição do combustível. O óleo de soja é responsável por 70% da matéria-prima utilizada na produção desse combustível biodegradável no Brasil.
O Boletim Famasul Log também aborda outras questões relevantes para o setor, como a relação entre frete e combustíveis, a movimentação nos portos e ferrovias, e outros temas importantes para a logística do agronegócio. O documento destaca a importância de se buscar soluções e aprimorar a infraestrutura logística do país para otimizar o escoamento da produção agropecuária, garantindo maior eficiência e competitividade para o setor.
