O estado de Mato Grosso do Sul está destinado a se destacar na economia brasileira no período de 2025 a 2033, impulsionado pelo vigor do agronegócio e pelos recentes anúncios de investimentos nos setores de papel e celulose. Essa previsão é resultado de um estudo conduzido pela Tendências Consultoria, uma instituição com mais de 25 anos de experiência no acompanhamento do mercado econômico brasileiro.
De acordo com esse estudo, os setores de papel e celulose devem receber um montante significativo de investimentos, totalizando R$ 47 bilhões em Mato Grosso do Sul ao longo da próxima década. Para se ter uma ideia da importância desses investimentos, basta compará-los à receita do estado no ano passado, que alcançou R$ 22,5 bilhões. Em outras palavras, os investimentos planejados por apenas dois empreendimentos superam em muito a arrecadação anual de todo o estado.
A empresa Arauco, uma companhia florestal chilena atuante nos segmentos de madeira, painéis e energia limpa e renovável, anunciou um aporte de US$ 5,70 bilhões em Mato Grosso do Sul, dos quais US$ 2,90 bilhões serão investidos até 2024 e US$ 2,80 bilhões até 2028. Por sua vez, a Suzano, maior produtora global de celulose e eucalipto, informou que planeja investir US$ 3,70 bilhões até o final do próximo ano. Os R$ 47 bilhões mencionados representam a conversão desses valores para a moeda brasileira.
De acordo com as projeções da Tendências Consultoria, a região nordeste do Brasil experimentará um expressivo crescimento econômico ao longo da próxima década. Isso se deve a uma série de investimentos planejados, tanto públicos quanto privados, incluindo iniciativas como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), liderado pelo governo federal. O nordeste deve receber substanciais investimentos por parte da Petrobras durante esse período.
Mato Grosso do Sul está prestes a se consolidar como a principal região produtora de celulose do mundo nesta década. Em 2028, quando a planta da Arauco localizada às margens do Rio Sucuriú, em Inocência, entrar em operação, o estado estará produzindo pelo menos 10 milhões de toneladas de celulose por ano, a maior parte destinada ao mercado internacional. A Suzano também está construindo uma gigantesca fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo. Ademais, o setor de celulose desempenha um papel fundamental na economia da cidade de Três Lagoas.