domingo, 22 setembro 2024

Rural

23/07/2024 09:41

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Produtores aceitam indenização, mas exigem pagamento antecipado em conflito fundiário

Entidades rurais apoiam proposta de compensação por conflitos fundiários, mas pedem que indenização seja paga antes da desocupação das terras.

Atualizado: 23/07/2024 09:49

Redação

Em meio às negociações para resolver o conflito fundiário em Mato Grosso do Sul, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado e a Associação dos Criadores manifestaram seu apoio ao processo de indenização aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas destacam a necessidade de um pagamento prévio.

Ambas as entidades, que se opõem à invasão de terras e estão empenhadas em encontrar soluções legais para garantir a paz, afirmam que a indenização deve ser feita antes da desocupação das propriedades. A Federação e a Associação acreditam que o Estado deve compensar os produtores de forma justa e com valor de mercado, além de reconhecer o direito de retenção, que permite ao produtor permanecer na propriedade até o pagamento completo da indenização.

A posição da Federação destaca que a situação atual é resultado de decisões históricas do governo federal que incentivaram a ocupação das terras. O presidente da Federação ressaltou que a criação de uma situação de posse, apoiada pelo governo federal no passado, não deve penalizar os produtores atuais, que agiram de boa-fé.

O advogado da Federação explicou que a solução para a demarcação de terras deve incluir o reconhecimento do erro do Estado ao emitir títulos de terra e a subsequente declaração desses títulos como nulos, com a devida compensação financeira aos produtores.

Além de apoiar a indenização prévia, a Federação e a Associação endossam a iniciativa do STF de estabelecer uma Comissão de Conciliação para tratar dos conflitos fundiários. A comissão começará seus trabalhos em agosto e visa promover o diálogo entre as partes envolvidas, buscando uma solução pacífica e segura para as disputas.

Para reforçar a segurança nas áreas de conflito, o Ministério dos Povos Indígenas anunciou o aumento do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública na região, com suporte adicional vindo de outros estados. A medida visa intensificar a vigilância e proteger as famílias indígenas envolvidas nas retomadas de terras.

Com essas ações, espera-se que o processo de conciliação avance e que uma solução equilibrada seja alcançada, beneficiando todas as partes envolvidas e promovendo a segurança jurídica necessária para o desenvolvimento contínuo das atividades rurais na região.

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