O recente acidente fatal na BR-163, entre Campo Grande e Anhanduí, que resultou na morte de seis pessoas, lança luz sobre questões críticas na infraestrutura rodoviária do Brasil. O trecho onde ocorreu o acidente, situado no km 429, destaca-se por não ter sido duplicado, apesar de ser uma rota movimentada.
Além da ausência de duplicação, outro ponto de controvérsia é o valor elevado do pedágio nessa região. Com a taxa para veículos de passeio atingindo R$ 9,10, é o pedágio mais caro de Mato Grosso do Sul, levantando questionamentos sobre a relação entre o custo cobrado dos usuários e os serviços oferecidos.
A concessionária responsável pela rodovia, CCR MSVia, tem sido alvo de críticas por não cumprir o contrato de duplicação e não realizar investimentos necessários para garantir a segurança dos usuários. Apesar da pressão por melhorias, a empresa manteve a concessão, mesmo diante das tentativas de relicitação.
O congestionamento causado pelo acidente expôs a falta de infraestrutura adequada para lidar com situações de emergência. Com filas de veículos se estendendo por quilômetros nos dois sentidos da rodovia, ficou evidente a necessidade urgente de investimentos em segurança viária e duplicação de trechos críticos.
No acidente, que envolveu duas carretas, um caminhão pequeno e um carro de passeio nesta quarta-feira (10), estavam as vítimas Fernanda Lopes e Daniel Azambuja, que viajavam em um Ônix. O casal, que tinha uma viagem marcada há 1 mês com destino à praia, foi uma das vítimas fatais.
Elvis Ajala, cunhado de Fernanda, relata a expectativa e a alegria que permeavam os planos do casal e dos demais familiares. Todos se dirigiam ao mesmo ponto de encontro, um posto de combustível em Anhanduí, para dar início à viagem em família. Além do casal, outras quatro vítimas perderam a vida.
