A BR-163, conhecida como a "rodovia da morte", enfrenta um cenário preocupante com o aumento significativo de acidentes e fatalidades, enquanto o processo de renovação da concessão permanece estagnado no Tribunal de Contas da União (TCU).
Nos primeiros seis meses de 2024, foram registrados 400 acidentes ao longo da rodovia, marcando um aumento de 21% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 330 incidentes. Quanto às vítimas fatais, 33 pessoas perderam suas vidas devido a sinistros na BR-163 entre janeiro e junho de 2023, enquanto já foram registradas 36 mortes até o início de julho deste ano.
Recentemente, a tragédia se intensificou com sete mortes em diferentes trechos da rodovia, incluindo um grave acidente envolvendo um veículo de passeio próximo ao km 300. Outras três vítimas fatais foram registradas no anel viário de Campo Grande, em uma colisão entre um carro de passeio e uma carreta.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) destaca que a BR-163, juntamente com a BR-262, continua sendo uma das rodovias federais mais perigosas do Estado devido ao alto fluxo de veículos e à falta de duplicação em diversos trechos. Desde sua privatização em 2014, a CCR MSVia assumiu a gestão dos 845 km da BR-163, comprometendo-se inicialmente a duplicar cerca de 150 km e iniciar a cobrança de pedágio.
Embora um novo contrato com investimentos previstos de R$ 12 bilhões e a duplicação adicional de 190 km estejam em negociação, o impasse no TCU tem impedido o avanço das obras.
