Os governos de Mato Grosso do Sul e São Paulo estão propondo ao governo federal a conexão da Ferrovia Malha Oeste aos sistemas das ferrovias Malha Norte e Malha Paulista, visando viabilizar a retomada da linha férrea que atravessa o estado. Estima-se que serão necessários investimentos entre R$ 5 a R$ 6 bilhões para a recuperação da linha férrea, caso o trecho paulista seja desconsiderado, com a definição esperada ainda este ano.
A proposta foi discutida em uma reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho, solicitada pelos governadores Eduardo Riedel (PSDB) de Mato Grosso do Sul, e Tarcísio Freitas (Republicanos) de São Paulo, realizada na tarde de ontem. Após o encontro, Riedel destacou que "os entendimentos estão avançando bem, com todas as partes interessadas, com as empresas que estão se instalando, e com a operadora que é a Rumo".
O governador de Mato Grosso do Sul ressaltou a importância de se chegar a um consenso sobre o melhor projeto e iniciar a operação da Malha Oeste, que tem sido um objetivo do estado há 15 anos. Ele também destacou que os projetos de construção de ferrovias das empresas Eldorado e Suzano complementam a proposta, ligando Três Lagoas a Aparecida do Taboado.
Riedel explicou que o trecho de Três Lagoas a Mairinque, paralelo à Malha Paulista dentro do território de São Paulo, não teria sentido econômico. Os projetos das empresas Suzano e Eldorado complementam essa ligação, seguindo para o porto de Santos. Ele afirmou que já foi apresentado um projeto, em processo de licenciamento por parte de Mato Grosso do Sul, para o retorno da operação da Malha Oeste, de Campo Grande a Três Lagoas e posteriormente à região de Corumbá para o transporte de minério.
Embora o modelo final ainda não esteja definido, a expectativa é de um investimento entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. Riedel enfatizou que as conversas estão ocorrendo e que o projeto precisa ser amadurecido como um todo.
